quarta-feira, 7 de maio de 2008

O que é a Mente?


É impressionante verificar que mesmo após vários séculos de reflexões filosóficas e árdua dedicação à pesquisa cerebral com notáveis avanços no campo da Neurologia, o conceito de mente ainda permanece obscuro, controverso e impossível de definir nos limites de nossa linguagem. Uma visão fortemente sustentada, é a de que a mente é uma entidade separada do corpo; esta especulação tem as suas raízes históricas: teorias antigas, determinaram hipóteses dualísticas da função cerebral, as quais admitiam que o cérebro pode ser visto mecanicamente, mas que a mente é uma entidade com uma característica física não definida. Em tais teorias, a mente era vista como um sinónimo da alma, formando uma parte integrante da cultura religiosa prevalecente. Desde que a mente e o cérebro passaram a serem vistos como entidades isoladas, as pesquisas nestas áreas foram, de maneira geral, inerentemente separadas. Bioquímicos têm-se preocupado com os mecanismos somáticos; psicólogos têm-se esforçado com as propriedades subjectivas da mente; filósofos e teólogos trazem com eles o espírito e a alma. Mente é uma definição que tenta resgatar a essência do homem. A essência de uma pessoa emergente da existência de funções mentais que permitem a ela pensar e perceber, amar e odiar, aprender e lembrar, resolver problemas, comunicar-se através da fala e da escrita, criar e destruir civilizações. Estas expressões estão estreitamente relacionadas ao funcionamento cerebral. Assim, sem o cérebro, a mente não pode existir, sem a manifestação comportamental, a mente não pode ser expressada. Espírito e alma parecem ser interpretações religiosas e metafísicas da mente.

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