quarta-feira, 7 de maio de 2008

Como funciona a memória?

A memória humana é capaz de realizar uma rica variedade de operações. De
um lado, a memória humana permite-nos identificar e classificar sons, sinais, cheiros,
gostos e sensações. Por outro lado, ela é capaz de reter e manipular informações que adquirimos durante a nossa vida.
A memória consiste num conjunto de procedimentos que permite manipular e
compreender o mundo, levando em conta o contexto actual e as experiências individuais. Estes procedimentos envolvem mecanismos de codificação, retenção e recuperação.
Sabe-se que a memória humana é limitada, isto é, o indivíduo é apenas capaz de memorizar um número limitado de informações.
A organização da memória humana é geralmente aceite como sendo composta por três áreas distintas e conectadas.


Tipos de memória
Memória declarativa: É a capacidade de verbalizar um facto. Classifica-se por sua vez em:
φ Memória imediata: É a memória que dura apenas umas fracções de segundo. Um exemplo é a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito. Estes factos são, após um certo tempo, completamente esquecidos não deixando quaisquer “lembranças”
φ Memória de curto prazo: É a memória com duração de algumas horas. Neste caso existe a formação de traços de memória.
O período para a formação destes traços chama-se Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar-se do que vestiu no dia anterior, ou com quem se encontrou.
φ Memória de longo prazo: É a memória com duração de meses a anos. Um exemplo é a capacidade de aprendizagem de uma nova língua.
φ Memória de procedimentos: É a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida.

O que é a Mente?


É impressionante verificar que mesmo após vários séculos de reflexões filosóficas e árdua dedicação à pesquisa cerebral com notáveis avanços no campo da Neurologia, o conceito de mente ainda permanece obscuro, controverso e impossível de definir nos limites de nossa linguagem. Uma visão fortemente sustentada, é a de que a mente é uma entidade separada do corpo; esta especulação tem as suas raízes históricas: teorias antigas, determinaram hipóteses dualísticas da função cerebral, as quais admitiam que o cérebro pode ser visto mecanicamente, mas que a mente é uma entidade com uma característica física não definida. Em tais teorias, a mente era vista como um sinónimo da alma, formando uma parte integrante da cultura religiosa prevalecente. Desde que a mente e o cérebro passaram a serem vistos como entidades isoladas, as pesquisas nestas áreas foram, de maneira geral, inerentemente separadas. Bioquímicos têm-se preocupado com os mecanismos somáticos; psicólogos têm-se esforçado com as propriedades subjectivas da mente; filósofos e teólogos trazem com eles o espírito e a alma. Mente é uma definição que tenta resgatar a essência do homem. A essência de uma pessoa emergente da existência de funções mentais que permitem a ela pensar e perceber, amar e odiar, aprender e lembrar, resolver problemas, comunicar-se através da fala e da escrita, criar e destruir civilizações. Estas expressões estão estreitamente relacionadas ao funcionamento cerebral. Assim, sem o cérebro, a mente não pode existir, sem a manifestação comportamental, a mente não pode ser expressada. Espírito e alma parecem ser interpretações religiosas e metafísicas da mente.

Nós nascemos completamente indefesos contra as adversidades do mundo exterior. Não só os humanos, mas também os outros mamíferos e as aves que têm evolução suficiente para cuidarem, por meses ou anos, dos seus filhotes até atingirem a maturidade necessária para enfrentarem o mundo que os rodeia. A agressividade e até o medo, em forma de defesa, são importantes nesta luta pela sobrevivência e também fazem parte da rede intrincada de reacções químicas no cérebro desses seres vivos que são mais complexos.
Os peixes, os répteis, os anfíbios e os animais inferiores já nascem em condições favoráveis de luta para sobreviverem, não possuindo, ou pelo menos sendo pouco desenvolvida, uma região cerebral denominada sistema límbico. É esse sistema o principal responsável pelas nossas emoções e sentimentos.
Fenómenos considerados como manifestações de nossa alma têm sido sistematicamente estudados como poderosas interacções químicas, capazes de levarem as pessoas desde a simples estados momentâneos de alegria ou tristeza, até a paixões avassaladoras e o amor.
O nosso cérebro é composto de um número de combinações sinápticas que ultrapassa o número de átomos do universo conhecido. O número de estados mentais, então, é muito grande, mas é evidente que não somos afectados por todos eles. Mesmo assim o restante é considerável a ponto do cérebro entrar em estados riquíssimos em complexidade e singularidade, tornando-o fonte daquelas situações ora negativas, ora positivas, às quais chamamos de emoções e sentimentos.